O Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) lançou hoje um estudo sobre o impacto económico da contrafação nos setores do vestuário, cosméticos e brinquedos na União Europeia.
O Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO) lançou hoje um estudo sobre o impacto económico da contrafação nos setores do vestuário, cosméticos e brinquedos na União Europeia (UE). O setor do vestuário perdeu quase 12 mil milhões de euros em receitas médias anuais entre 2018 e 2021 o que gerou menos emprego para 160.000 pessoas todos os anos, em igual período. O setor dos cosméticos, ainda que menor, estima-se que tenha perdido cerca de 3 mil milhões de euros em vendas. Os brinquedos, tendo um menor contributo na contrafação, foi o setor que sofreu o maior rácio em relação às vendas perdidas - cerca de 8,7%, o que corresponde a mil milhões de euros.
Em Portugal:
- A indústria do vestuário perdeu uma média de 337 milhões de euros receitas em vendas entre 2018 e 2021, representando 6,1% das vendas de vestuário na UE.
- Como consequência da perda de vendas devido à contrafação, a indústria do vestuário empregou menos 9.495 pessoas por ano.
- A perda estimada de vendas de cosméticos devido à contrafação ascende os 83 milhões de euros, correspondendo a 7,7%.
- No setor dos brinquedos, a perda foi de cerca 9,5%, no valor de 18 milhões.
De salientar que Bulgária, Espanha, Croácia, Letónia, Hungria e Portugal são os países que apresentam o valor mais elevado de detenções nas fronteiras.
Este estudo permite perceber o impacto da contrafação na economia e da consequente perda de postos de trabalho.
O impacto da contrafação estimado neste relatório baseia-se em perdas devido à presença de produtos falsificados no mercado interno. No entanto, é possível verificar que as empresas da UE também sofrem reduções nas exportações para países terceiros, como consequência de produtos contrafeitos vendidos internamente.