Embora a maioria das mercadorias de contrafação vendidas na Europa seja produzida fora da UE, há indícios de que parte dessa produção ocorre dentro das fronteiras dos Estados-Membros. A última avaliação da ameaça da criminalidade contra a propriedade intelectual publicada pela Europol sugere que as apreensões frequentes de materiais de embalagem e produtos semi-acabados contrafeitos são um sinal claro da existência de fabrico.
Sabe-se que as redes criminosas que organizam a importação e a distribuição de produtos de contrafação na UE operam fora das suas fronteiras, onde se situa a grande maioria das instalações de produção. Em 2020, foram apreendidos cerca de 66 milhões de produtos de contrafação e pirataria, que continuam a ameaçar a saúde e a segurança dos cidadãos europeus.
O vestuário, os acessórios e os artigos de luxo são os mais frequentemente contrafeitos, juntamente com os dispositivos e componentes electrónicos, os cosméticos, os alimentos e as bebidas. O vestuário e os acessórios são frequentemente publicitados através de vendas directas em linha, vídeos e publicidade paga nas redes sociais com ofertas de desconto fraudulentas ou produtos de marca a baixo preço. Os telemóveis e os seus acessórios e componentes são também fortemente afectados pelo roubo de desenhos e de marcas registadas.
A venda de produtos alimentares contrafeitos, especialmente bebidas, está a tornar-se cada vez mais profissional e convincente.